Dom Eliseu Maria Coroli, sacerdote Barnabita,
Missionário na Amazônia, era de porte humilde e simples, irradiando alegria e
serenidade próprias de quem vive abandonado nas mãos do Pai.
Seu semblante, seus olhos, seu sorriso, transmitia
a paz da alma, influindo enormemente nas suas palavras e nos seus gestos,
transparência real de sua intimidade com o Pai do Céu, com o qual admitiu ter
laços consanguíneos, a ponto de o tratar , normalmente, com a expressão
“Papai”.
O sorriso constante, sinal sensível de sua
ilimitada confiança em Deus Pai e em Cristo Ressuscitado, foi o companheiro
inseparável de sua vida.
Soube fazer-se amigo de todos, especialmente dos
pobres e desamparados.
Verdadeiro contemplativo-ativo, soube viver em contínua união com Cristo e ao
mesmo tempo realizar a doação de sua vida em constantes atividades e grandes
realizações missionárias.
Enfrentou momentos difíceis em sua vida sacerdotal e como pastor da vasta
Prelazia que lhe foi confiada, procurando nestas dificuldades unir-se sempre
aos sofrimentos de Jesus no Calvário, e a Jesus Ressuscitado, presente e vivo
na Hóstia Consagrada.
Preocupou-se de tal modo com o desenvolvimento
integral da pessoa humana que fundou obras as quais, mais tarde, seriam a
continuação do seu ideal, tais como: escolas, creches, hospital, meios de
comunicação social, etc..
Amou ternamente à Virgem Maria a quem chamava com o
doce nome de Mamãe.
Conheceu profundamente a vida de Santa Teresinha do
Menino Jesus, procurando viver sua doutrina de “Infância Espiritual”.
No fim de junho decidiu ir a Belém para os
exames clínicos. Foi em Belém que o atingiu a morte no dia 29 de julho de 1982.
Seu desaparecimento chamou à memória uma frase sua pronunciada a 11 de
fevereiro precedente, no aniversário do seu batismo: “Eu estou pronto mamãe,
venho a ti com suma alegria. Faz com que eu cumpra completamente a vontade do
Pai”. E ainda: “Papai, tu me chamas? Venho a Ti com alegria”.