Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Uma Chuva de Rosas!



"Uma chuva de Rosas"... A todos os visitantes do Blog Irmãs Missionárias de Santa Teresinha.





"O Bom Deus me dá coragem..."


"Não é bastante amar..."


"Percebi que a única coisa necessária era unir-se a Jesus..."


01 de outubro - Dia de Santa Teresinha - padroeira da missão e Doutora da Igreja.



Desde muito cedo Teresa Martin iniciou sua devoção ao Menino Jesus. Aos seis anos e meio, começa a se preparar para a primeira comunhão, sendo catequizada por sua irmã Paulina. Graças a esta catequese, o amor ao Menino Jesus vai aumentando em seu coração.  Ao falar deste período, nossa santa afirma que "amava-o muito" (A 31v). Não é, pois, de se estranhar que à época de seu primeiro chamado à vida carmelitana, tenha aceitado com entusiasmo a proposta de Madre Gonzaga de se chamar "Teresa do Menino Jesus" quando ingressasse no Carmelo. Após prepará-la para a primeira comunhão, Paulina, já Irmã Inês de Jesus no Carmelo de Lisieux, convida a menina a considerar sua alma como um jardim de delícias no qual é preciso cultivar as flores de virtudes que Jesus virá colher em sua primeira visita. 

     No ano de 1887 se oferece ao Menino Jesus para ser seu brinquedo (A 64r), desejando abandonar-se sem reservas à sua misericórdia. Isto ocorre por ocasião da célebre audiência com o papa Leão XIII. Teresa esperava que o papa autorizasse sua entrada imediata no Carmelo, apesar da pouca idade. Enorme decepção! Recebe palavras ternas e não a resposta desejada. Por isso não fica perturbada. Não havia se oferecido para ser a "bolinha" de Jesus e não dissera que ele poderia fazer o que quisesse com ela?
         Santa Terezinha A partir do dia 9 de abril de 1888, data de seu ingresso no Carmelo de Lisieux, Teresa pode, finalmente, realizar seu sonho de menina: assina suas cartas durante todo o postulantado como "Teresa do Menino Jesus" (Ct 46-79). No dia 10 de janeiro de 1889, dia em que recebe o hábito, assinará pela primeira vez "Irmã Teresa do Menino Jesus e da Santa Face", que será seu nome definitivo de Carmelita (Ct 80). Quando entra na clausura, a primeira coisa que lhe chama a atenção é o sorriso de seu "Menino cor de rosa" (A 72v), que a acolhe. Ela se encarregará de colocar-lhe flores desde a Natividade de Maria: "era a Virgenzinha recém-nascida que apresentava sua florzinha ao Menino Jesus". (A 77r).
    

    Teresa dedica muitas poesias, recreações piedosas e orações ao Menino Jesus, ao mistério do Natal e aos primeiros anos da infância de Cristo. No dia 21 de janeiro de 1894 cria e oferece à Madre Inês, em sua primeira festa como priora, uma pintura a óleo do Menino Jesus, a que intitula como "O sonho do Menino Jesus". Este quadro mostra o Menino Jesus de olhos abaixados, brincando com as flores que lhe são oferecidas. Ao fundo aparece sob a claridade da lua a Sagrada Face debaixo da cruz e cerca dos instrumentos da paixão. Em uma carta enviada no mesmo dia (Ct 156), Teresa comenta seu quadro: longe de temer os sofrimentos futuros, o Menino Jesus conserva um olhar sereno e até sorri, pois sabe que sua esposa (Irmã Inês) permanecerá sempre ao seu lado para amá-lo e consolá-lo. Quanto aos olhos baixos, estes mostram sua atitude quanto à própria Teresa: "Ele está quase sempre dormindo". Neste último detalhe já vislumbramos uma prefiguração da grande prova de fé que irá acompanhá-la em seus últimos dias.


Nos finais de 1894, a jovem carmelita descobre sua "Pequena Via". A infância espiritual do cristão, feita de confiança e abandono, deverá se moldar na própria infância de Jesus, em seu caráter  de Filho, tão particularmente representado nos traços de sua infância. No dia 7 de junho de 1897, Teresa se deixa fotografar, tendo nas mãos as estampas do Menino Jesus e da Sagrada Face. Sobre a imagem do Menino Jesus, conhecido como "de Messina", Teresa copia o versículo de Pr 9,4: "Quem for pequenino, venha a mim".





 Fonte: http://www.santuariosantaterezinha.com.br




quinta-feira, 11 de setembro de 2014

No amor não há medo



           E nós, que cremos, reconhecemos o amor que Deus tem para conosco. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece em Deus, e Deus permanece nele.
           Nisto se realiza plenamente o seu amor para conosco: em que tenhamos firme confiança no dia do julgamento; pois assim como é Jesus, somos também nós neste mundo. No amor não há medo. Ao contrário, o perfeito amor lança fora o medo, pois o medo implica castigo, e aquele que tem medo não chegou à perfeição do amor.
  (1 Carta de João 4,16-18)
    

        O Senhor é tão bom para mim que me é impossível temê-lo. Ele sempre me deu o que desejei, ou, antes, ele me fez desejar o que ele queria me dar.
         Estou longe de ser conduzida pelo caminho do temor, consigo sempre encontrar um meio de ser feliz e tirar proveito de minhas misérias... Sem dúvida, isso não desagrada Jesus, porque ele parece encorajar-me nesse caminho. Sou de natureza tal que o temor me faz recuar, com amor não somente avanço, mas voo. 
   Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena (Org.) - Edições Paulinas 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O amor transforma





  Finalmente, sede todos unânimes, compassivos, fraternos, misericordiosos e humildes. Não pagueis o mal com o mal, nem ofensa com ofensa. Ao contrário, abençoai, porque para isto fostes chamados: para serdes herdeiros da benção. "De fato, quem quer amar a vida e ver dias felizes, guarde a sua língua do mal e seus lábios de falar mentira. Afaste-se do mal e faça p bem, busque a paz e vá ao seu encalço. Pois os olhos do Senhor estão sobre os justos e seus ouvidos estão atentos à sua prece..."
(1 Carta de Pedro 3,8-12a)


          Não me contentava em rezar muito pela irmã que me proporcionava tantos embates, procurava prestar-lhe todos os serviços possíveis e , quando tinha a tentação de lhe responder de uma maneira desagradável, contentava-me em lhe dar meu mais amável sorriso e procura desviar a conversa. 
     Um dia na recreação, ela me disse mais ou menos palavras com ar muito contente: "Poderíeis me dizer, minha Irmã Teresinha do Menino Jesus, o que vos atrai tanto para mim? Vejo-vos sorrir todas as vezes que me olhais". Ah! O que me atraía tanto era Jesus escondido no fundo de sua alma.

Fonte: Cinco Minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena (org.) - Edições Paulinas 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Um só corpo em Cristo



    Pela graça que me foi dada, recomendo a cada um de vós: ninguém faça de si uma ideia muito elevada, mas tenha de si uma justa estima, de acordo com o bom senso e conforme a medida da fé que Deus deu a cada um. Como, num só corpo, temos muitos membros, cada qual com uma função diferente, assim nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e cada um de nós, membros uns dos outros. Temos dons diferentes, segundo a graça que nos foi dada. 
 (Carta aos Romanos 12,3-6)


   Assim é o mundo das almas que é o jardim de Jesus: ele quis criar os grandes santos que podem ser comparados aos lírios e às rosas, mas criou também os menores, e estes devem contentar-se em serem margaridas do campo ou violetas, destinadas a alegrar os olhares de Deus quando os abaixa aos pés. A perfeição consiste em fazer sua vontade, em ser o que ele quer.
   Compreendi também que o amor de Nosso Senhor se revela tanto na alma mais simples que em nada resiste à sua graça como na mais sublime das almas. Assim como o sol ilumina ao mesmo tempo cedros e e cada pequena flor, como se ela fosse a única na terra, assim também Nosso Senhor se ocupa em particular de cada alma, como se não houvesse outra igual.

Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena (org.) - Edições Paulinas 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Amor e ternura



   Entretanto, nos tornamos pequenos no meio de vós. Imaginai uma mãe acalentando os seus filhinhos, assim a nossa afeição por vós. Estávamos dispostos, não só a comunicar-vos o evangelho de Deus, mas a dar-vos nossa própria vida, tão caros vos tínheis tornado a nós! Vós sois testemunhas - e Deus também - de que sempre vos tratamos com religioso respeito, com justiça e com toda a distinção, a vós que abraçastes a fé. Sabeis também que, como um pai faz com seus filhos, nós exortamos e encorajamos e adjuramos todos e a cada um de vós a que leveis uma vida digna de Deus, que vos chama para o seu reino e glória. 
(1 Carata aos Tessalonicenses 2,7b-8.10-12)



    Continuando minhas reflexões, eis o que encontrei: "Como uma mãe acaricia o seu filho, assim eu vos consolarei, vos levarei sobre o meu seio e vos acalentarei sobre os meus joelhos" (Is 66,13.12). Nunca palavras mais ternas e mais melodiosas vieram alegrar a minha alma! O elevador que deve elevar-me até o Céu são vossos braços, ó Jesus! Para isso, não preciso crescer, ao contrário, devo permanecer pequena, e que me torne cada vez mais. Ó meu Deus, vós superastes minha expectativa e eu quero cantar vossas misericórdias. "Vós me instruístes, ó Deus, desde a minha juventude, e até agora proclamo as vossas maravilhas..." (Sl 88,2)

 Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena (org.) - Edições Paulinas 

domingo, 7 de setembro de 2014

Sinto muitas vocações





     
   Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministério, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos. A um é dada pelo Espírito uma palavra de sabedoria; a outro, uma palavra de conhecimento segundo o mesmo Espírito. A outro é dada a fé, pelo mesmo Espírito. A outro, o poder de fazer milagres.A outro, a profecia. A outro, o discernimento dos espírito. A outro, diversidade de línguas. A outro, o dom de as interpretar. Todas essas coisas as realiza um e o mesmo Espírito, que distribui a cada um conforme quer. 
(1 Carta aos Coríntios 12,4-11)

    


    

     Ser tua esposa, Jesus, ser carmelita, ser mãe das almas pela união contigo, isso deveria bastar-me... Mas assim não acontece. Sem dúvida, as três prerrogativas: Carmelita, Esposa e Mãe constituem exatamente a minha vocação. Contudo, sinto em outras vocações. Sinto em mim a vocação de guerreiro, de sacerdote, de apóstolo, de doutor e de mártir. Enfim, sinto a necessidade, o desejo, de realizar por ti, Jesus, todas as obras, as mais heroicas. Sinto na alma a coragem de um Cruzado, de um Zuavo Pontifício: desejaria morrer num campo de batalha pela defesa da Igreja.

Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena (Org.) - Edições Paulinas 

sábado, 6 de setembro de 2014

Amor Misericordioso



    Sou agradecido àquele que me deu forças, Cristo Jesus, nosso Senhor, pela confiança que teve em mim, colocando-me a seu serviço, a mim que, antes, blasfemava, perseguia e agia com violência. Mas alcancei misericórdia, porque agia por ignorância, não tendo ainda a fé. A graça de nosso Senhor manifestou-se copiosamente, junto com a fé e com o amor que estão em Cristo Jesus.
  É digna de fé e de ser acolhida por todos esta palavra: Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o primeiro. (1 Carta a Timóteo 1,12-15)



 Durante muito tempo me perguntei por que Deus tinha preferências, por que todas as almas não recebiam igual medida de graças. Admirava-me de vê-lo prodigalizar favores extraordinários a santos que o tinham ofendido, como São Paulo, Santo Agostinho, e aos quais forçava, por assim dizer, a receberem suas graças... Dignou-se Jesus esclarecer-me a respeito desse mistério. Pôs-me diante dos olhos o livro da natureza, e compreendi que todas as flores por ele criadas são formosas, que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não eliminam o perfume da pequena violeta, nem a encantadora simplicidade da margarida do campo... Compreendi que se todas as flores quisessem ser rosas, a natureza perderia sua beleza primaveril, os campos não seriam mais salpicados de florzinhas.



Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena (Org.) - Edições Paulinas 

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Sensibilidade



 Dou continuamente graças a meu Deus, fazendo menção de ti em minhas orações, pois ouço falar do teu amor  e da tua fé, fé no Senhor Jesus e amor para com todos os santos. Que a tua comunhão na fé seja eficaz, fazendo-te conhecer todo o bem que somos capazes de realizar para o Cristo. De fato, tive grande alegria e consolação por causa do teu amor fraterno, pois reconfortaste o coração dos Santos. ( Carta a Filêmon 4-7)



 Durante os passeios que fazia com papai, ele gostava de me encarregar de levar esmola aos pobres que encontrávamos. Certo dia, vimos um que se arrastava com dificuldade em suas muletas. Aproximei-me para dar-lhe uma moeda, mas, não se julgando bastante pobre para receber a esmola, ele me olhou com um sorriso triste e se recusou a pegar o que eu lhe oferecia. Não posso descrever o que se passou no meu coração.  Queria consolá-lo e confortá-lo, em vez disso eu pensava ter-lhe causado pesar. Certamente, o pobre doente adivinhou meu pensamento, porque o vi virar-se para trás e sorrir para mim.

Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena - Edições Paulinas 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Só o amor permanece

 


  Pois a graça salvadora de Deus manifestou-se a toda a humanidade. Ela nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com ponderação, justiça, piedade, aguardando a ditosa esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Cristo Jesus. Ele se entregou por nós, para nos resgatar de toda iniquidade e purificar para si um povo que lhe pertença e que seja zeloso em praticar o bem. (Carta a Tito 2,11-14)
  

Aos dez anos o coração se deixa facilmente fascinar, por isso vejo como uma grande graça não ter ficado em Alençon. Os amigos que tínhamos aí eram mundanos demais, sabiam demais aliar as alegrias da terra com serviço de Deus. Não pesavam bastante na morte e , no entanto, a morte veio visitar um grande número de pessoas que conheci, jovens, ricas e felizes!!!... Gosto de voltar meu pensamento aos lugares encantados onde elas viveram, perguntar-me onde estão, o que lhes resta dos castelos e dos parques onde as vi gozar das comodidades da vida... E vejo que tudo é vaidade e aflição de espírito debaixo do sol... Que único bem consiste em amar a Deus de todo o coração e ser pobre de espírito aqui na terra.

Fonte: Cinco minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena - Edições Paulinas 

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Gratuidade do Chamado



"Jesus subiu à montanha e chamou os que ele quis; e foram a ele. Ele constituiu então doze, para que ficassem com ele e para os enviasse a anunciar a Boa- Nova, com o poder de expulsar os demônios. Eram: Simão (a quem deu o nome de Pedro); Tiago, o filho de Zebedeu, e João, seu irmão(aos quais deu nome de Boanerges, que quer dizer "Filhos do Trovão"); e ainda André, Felipe, Bardolomeu, Mateus, Tomé, Tiago filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu". (Mc 3,13-19)
Abrindo o santo Evangelho, meus olhos depararam com estas palavras: "Tento Jesus subido a uma montanha, chamou a si aqueles que ele quis, e eles vieram a ele". (cf. Mc 3,13). Eis aqui exatamente o mistério da minha vocação, da minha vida inteira e, sobretudo, o mistério dos privilégios de Jesus por minha alma. Ele não chamou aqueles que são dignos, mas aqueles de quem se agrada, ou como diz São Paulo: "Deus tem compaixão de quem ele quer e faz misericórdia com quem quer aplicar misericórdia. Isso, portanto, não depende da vontade ou dos esforços do ser humano, mas somente de Deus que usa de misericórdia"(cf. Rm 9,15-16). 
Fonte: Cinco Minutos com Deus e Santa Teresinha - Luzia Sena - Edições Paulinhas 

São Gregório Magno


  Pedro foi "a pedra" sobre a qual o cristianismo se edificou. Mas para isso foi usada uma argamassa feita da dedicação e da fé de muitos cristãos que o sucederam. Assim, a Igreja Católica se fez grande devido aos grandes papas que teve, dentre os quais temos o papa Gregório, chamado "o Magno", ou seja, o maior de todos, em sabedoria, inteligência e caridade.
      Nascido em 540, na família Anícia, de tradição na Corte romana, muito rica, influente e poderosa, Gregório registrou de maneira indelével sua passagem na história da Igreja, deixando importantíssimas realizações, como, por exemplo, a instituição da observância do celibato, a introdução do pai-nosso na missa e o famoso "canto gregoriano". Foi muito amado pelo povo simples, por causa de sua extrema humildade, caridade e piedade.
      Sua vocação surgiu na tenra infância, sendo educado num ambiente muito religioso - sua mãe, Sílvia, e duas de suas tias paternas, Tarsila e Emiliana, tornaram-se santas. As três mulheres foram as responsáveis, também, por sua formação cultural. Quando seu pai, Jordão, morreu, Gregório era muito jovem, mas já havia ingressado na vida pública, sendo o prefeito de Roma.
      Nessa época, buscava refúgio na capital um grupo de monges beneditinos, cujo convento, em Montecassino, fora atacado pelos invasores longobardos. Gregório, então, deu-lhes um palácio na colina do Célio, onde fundaram um convento dedicado a santo André. Esse contato constante com eles fez explodir de vez sua vocação monástica. Assim, renunciou a tudo e foi para o convento que permitira fundar, onde vestiu o hábito beneditino. Mais tarde, declararia que seu tempo de monge foram os melhores anos de sua vida.
      Como sua sabedoria não poderia ficar restrita apenas a um convento, o papa Pelágio nomeou-o para uma importante missão em Constantinopla. Nesse período, Gregório escreveu grande parte de sua obra literária. Chamado de volta a Roma, foi eleito abade do Convento de Santo André e, nessa função, ganhou fama por sua caridade e dedicação ao próximo.
      Assim, após a morte do papa Pelágio, Gregório foi eleito seu sucessor. Porém, de constituição física pequena e já que desde o nascimento nunca teve boa saúde, relutou em aceitar o cargo. Chegou a escrever uma carta ao imperador, pedindo que o liberasse da função. Só que a carta nunca foi remetida pelos seus confrades e ele acabou tendo de assumir, um ano depois, sendo consagrado em 3 de setembro de 590.
      Os quatorze anos de seu pontificado passaram para a história da Igreja como um período singular. Papa Gregório levou uma vida de monge, dispensou todos os leigos que serviam no palácio, exercendo um apostolado de muito trabalho, disciplina, moralidade e respeito às tradições da doutrina cristã. No comando da Igreja, orientou a conversão dos ingleses, protegeu os judeus da Itália contra a perseguição dos hereges e tomou todas as atitudes necessárias para que o cristianismo fosse respeitado por sua piedade, prudência e magnanimidade.
      Morreu em 64, sendo sepultado na basílica de São Pedro. Os registros mostram que, durante o seu funeral, o povo já aclamava santo o papa Gregório Magno, honrado com o título de doutor da Igreja. Sua festa ocorre no dia em que foi consagrado papa.
 Uma das mais famosas frases de São Gregório, o magno:
"A bíblia é um espelho que reflete a nossa mente. Nela vemos nossa face interior. Das escrituras aprendemos nossas belezas e deformidades espirituais. E ali também descobrimos o progresso que estamos fazendo, e quão longe estamos da perfeição."
Fonte: http://www.igrejaparati.com.br